Aline Furtado
Repórter
Falta de algodão no mercado provoca alta de até 35% nos preços das roupas de invernoCom a redução na safra interna, o país está exportando a matéria-prima. Com isso, os valores negociados com as confecções sobem e o repasse será feito ao consumidor
23/2/2011
A falta de algodão no mercado, provocada pela seca em regiões do Brasil conhecidas como grandes produtoras, como Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, por exemplo, pode fazer com que os preços de roupas de inverno apresentem alta de até 35%.Isso porque, embora o país esteja entre os cinco maiores produtores de algodão do mundo, com a falta interna da matéria-prima, o produto vem sendo importado, desde o ano passado, o que acaba por gerar preço mais alto às confecções, valor que deverá ser repassado ao consumidor final.
Dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) indicam que o preço do produto é o maior cobrado nos últimos 140 anos. Ainda no ano passado, a matéria-prima já estava sendo encontrada a valores 85% mais caros. "Já estamos sentindo isso há algum tempo. E creio, sim, que o aumento deve ser percebido pelo consumidor em um percentual que pode variar de 30% a 35%. Não tem como não fazer este repasse", afirma o proprietário de uma confecção da cidade, José Mário Aguiar de Castro.
Outra que acredita no reajuste da nova coleção é a dona de uma confecção, Maristela Mafar Silva. Para ela, a alteração no preço é motivo de temor. "Ficamos sem saber em que investir e quanto investir, já que não temos certeza de retorno, uma vez que os valores estarão bem mais altos, em torno de 30%. Como ter garantia de boas vendas?"
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Os empresários do setor de confecção apontam que 15 quilos de algodão, o equivalente a uma arroba, estão sendo negociados, atualmente, a R$ 78. Em safras anteriores, o valor era de R$ 55. Buscando reduzir os efeitos da crise no setor, o Governo Federal zerou a alíquota de importação do algodão até o mês de maio. Contudo, a medida é válida para importações de no máximo 250 mil toneladas.
Sou Aline Furtado, repórter da matéria sobre a alta do algodão, publicada no site. Gostaria de solicitar que fosse divulgada, além do nome da repórter, a fonte de onde foi tirada, ou seja, Portal ACESSA.com (grafado desta forma). Obrigada!
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