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quinta-feira, 17 de março de 2011

Caso chocante na Zona da Mata

Mãe suspeita de torturar a filha tentou matá-la afogada, revela tio Adolescente de 14 anos foi encontrada pesando 25 Kg e com ferimentos graves por todo o corpo; mãe e padrasto, suspeitos de torturá-la, seguem foragidos
Daniel Silveira -
Publicação: 17/03/2011 19:43 Atualização: 17/03/2011 19:54
A adolescente de 14 anos que foi encontrada com quadro agudo de desnutrição no município de Chácara, na Zona da Mata Mineira, já havia escapado da morte outra vez. Logo que nasceu, a própria mãe tentou matá-la afogada no rio. “Eu corri e dei um empurrão nela, agarrando a menina. Depois disso ela sumiu e só reapareceu agora, 14 anos depois”, afirma o tio da adolescente, o funcionário público Márcio de Souza Couto, de 33 anos, que prestou depoimento nesta quinta-feira na Delegacia de Mulheres de Juiz de Fora.

“Ela nunca teve amor pela menina”, garante Márcio. Segundo ele, a sobrinha sempre muito bem tratada pela bisavó, que a criou desde que a mãe desapareceu, e era uma criança feliz. “Ela sempre foi magrinha e sofre de epilepsia desde que nasceu, por causa da quantidade de droga que minha irmã usava (sic), mas levava uma vida normal até a mãe voltar”, garante.

A mãe da adolescente, Michele da Penha de Souza Couto, de 32 anos, e o padrasto, Magno Luiz Pimenta Carrari, de 18 anos, estão foragidos. Eles são os principais suspeitos de cometer os maus tratos contra a garota, que está internada, desde a madrugada da última terça-feira, no Pronto-Socorro de Juiz de Fora. “A menina só fala que foi a mãe quem fez isso com ela, mas está em estado de choque e não consegue dar detalhes”, diz a delegada de mulheres Dolores Tambasco, responsável pelas investigações.

Segundo a delegada, as informações que recebeu até agora indicam que Michele se prostituía e usava drogas. Há denúncias de que ela obrigava a filha a praticar sexo com o padrasto e outros homens. “O exame de corpo de delito deu negativo para conjunção carnal e não há materialidade para confirmar se a menina era obrigada a praticar sexo oral ou se era vítima de outro tipo de abuso sexual. Esta é a parte das agressões que ela se recusa a comentar”, destaca a delegada.

O casal está foragido desde a madrugada em que a menina foi internada. Na ocasião Michele teria ameaçado a filha, dentro do hospital, de sofrer ainda mais agressões caso revela-se à polícia o que lhe acontecia. Segundo a delegada Dolores Tambasco, Michele e Magno chegaram a ser ouvidos pelo delegado de plantão e foram liberados em seguida. “Ela só mentiu no depoimento. Disse que os ferimentos da filha foram causados por tombos, já que ela é epilética”, conta.

Quadro chocante

O caso chocou os moradores da pequena cidade, que tem pouco mais de 2.700 habitantes, e impressionou a delegada de mulheres Dolores Tambasco, acostumada a lidar com casos de violência contra mulheres e pessoas incapazes. “A menina tem o corpo todo ferido. Há marcas de queimaduras provocadas com cigarro da cabeça aos pés. Escorre pus da cabeça dela a ponto de encharcar a fronha do travesseiro. As unhas da mão estão prestes a cair. A menina contou que a mãe prendia seus dedos na porta quando era contrariada”, revela a delegada.

A bisavó que criou a adolescente no município de Coronel Pacheco morreu há 15 dias, semanas depois que Michele se mudou com os filhos e o marido para Chácara. “Ela morreu de desgosto ao saber o que minha irmã estava fazendo com a minha sobrinha”, diz Márcio. Ele revelou que Michele sempre batia na filha quando moravam em Coronel Pacheco, mas que as agressões mais graves só começaram a ser cometidas depois da mudança para Chácara.

Ainda segundo a delegada Dolores, as buscas pelo casal são mantidas de forma intensa. Enquanto a polícia não o localiza, ela colhe depoimentos de outros familiares, vizinhos e dos conselheiros tutelares e agentes de saúde que tiveram contato com a família.

“Eu estou muito abalado. É muito triste saber que uma mulher que tem o mesmo sangue que o meu fez isso com a própria filha. Tenho fé em Deus que ela e o marido vão ser presos e vão apodrecer na cadeia”, desabafa Márcio.
Fonte Estado de Minas

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